Kiasyd AT - Camarilla[Ficha temporária]

Como contar. . .? Bem. Acho que irei começar quando eu era apenas uma jovem garota que possuía sonhos que agora compreendo.

Se ajeita na poltrona longa, e deita sua cabeça contra o estofado negro.

Eu tinha 10 anos pelo oque me lembro. Estava sozinha em casa, pois meus pais foram dançar. Bom, na época eu não achei está dormindo, era tudo muito real para não crer.
Apareceu para mim uma criatura estranha, mas bastante bela. Ela tinha um nome que eu uso hoje em dia. Quando percebi, minha casa agora era um recinto diferente do costumeiro; até mesmo tinha um ar “cartoonesco”. Estava lotado de pessoas, e elas eram diferente dos humanos.
Como explicar as orelhas longas de uns, dentes cerrados de outros? Apenas fui envolvida na magia do momento e me divertir com oque eles se denominavam “fadas”. Até mesmo ganhei uma companheira quimera durante a noite. Ela me disse que teria que ficar mais forte para passar em minha casa. Eu desconhecia oque ela dizia com “forte”, mas hoje em dia compreendo.

A voz feminina e infantil interrompe a fala

-Nessa, os livros estão arrumados.
-Obrigada. Já falo com vós. Por enquanto, aguarde os recém chegados e não os deixe entrar sem permissão sua.
-Yes, ma’m!

Barulhos de salto colidindo no chão ecoavam, e diminuíam até sumirem. O barulho das pernas de uma cadeira sendo arrastada ao chão e o barulho do Windows iniciando finalizava os sons.

Bom. Então eu continuei tendo esses sonhos até meus 18 anos, quando decidi mostrar meu diário para o dono dessa biblioteca. Quando o fiz, tudo deixou de ser um sonho e mesmo acordada pude ver algumas Sidhees lendo neste local. Parecia que o Glamour que me inspirava impregnou esse local e o transformou em um Trodd.
Fiquei fascinada, e o dono também. Ele me perguntou se eu queria entender mais sobre elas, e ter tempo para compreendê-las. Ofuscada pela beleza, aceitei de imediato, e como um pedido de uma criança; ele me abraçou naquele momento. Nada senti para ser sincera, estava entorpecida pela beleza das fadas naquele lugar.

Ah sim! Esqueci de comentar que o dono desse local foi quem me despertou curiosidade desses seres estranhos. Havia comentado uma ou duas vezes, oque o interessava. Quando escrevi tudo oque vivi em resumo; percebi que seus olhos brilhariam se fossem capazes.

Continuando. . . Eu acordei nessa poltrona onde estou. Ele me explicou como funciona a vida Cainita, e possuía vários livros “secretos” que só eram levados por membros. Citou também que Lupinos, Magos entre outros visitavam a biblioteca em busca de conhecimento. Fico orgulhosa de cuidar desse local enquanto ele está “adormecido” para passar o tempo. Ganho meu dinheiro aqui, e aprendo bastante sobre os clãs. Fico indignada como os Sabás são sem escrúpulos. A não vida é para ser bem aproveitada, e não fazer desta uma chance de “tocar o terror”. Os que mais me assustam são os Lasombras, que dizem que a Tenebrosidade apenas pertencem a eles e também espalham por aí sobre como agimos. Me dá até um frio no estômago encará-los.

Ela pega o pequeno coelho branco que estava ao seu lado e lhe afaga no colo.

Bom, lembra daquela amiga quimera que eu encontrei na minha infância? Hoje ela trabalha comigo, e também me protege pelas minhas poucas capacidades de combate. Aqui se tornou um recinto aonde ela também aprende bastante, e permite que outros seres Feéricos venham.
Esta é minha vida. Calma e cheia de benefícios. Claro que não gosto muito de tomar sangue, por isso compro bolsas de sangue com alguns membros da Camarilla. Parece que meus conhecimentos específicos interessaram a Seita, e me proporcionou reconhecimento.

Pega o animal pelas axilas e o ergue até o rosto, beijando-lhe o focinho. Em seguida sorri com a reação dócil da criatura.

Acho que esse reconhecimento que acabou por trazer tantos Cainitas aqui. Eles me rendem bastantes lucros. Meu temperamento calmo me impediu de entrar na tal frenesi até hoje. Eu não gosto muito de briga para ser sincera, prefiro sentar e conversar com as pessoas. Deve ser por isso que me uni a Camarilla invés do Sabá. Essas festas em Elísios me proporcionam ótimos tempos de diálogo.

Ela coloca o coelho no chão e olha para o lado direito.

Parece que temos clientes. Bom, isso resume bastante oque vivi. Espero sua visita.