[Artigo] Harpias e esteriótipo

Boa noite meus encarecidos leitores, este é meu primeiro artigo para o BA...


Me espanta ao ver jogos, seja com a perspectiva de jogador, ou meramente como observador, que toda vez que uma Harpia é citada, ou dá o ar de graças, é um membro do clã Toreador, é mulher e é um esteriótipo de socialite. Chega a dar a impressão que não há Harpias homens, nem de outros Clãs, mas isso é um dos esteriótipos errados criados em Vampiro a Mascara.

Esta certo que o Clã Toreador tende a ser o que nutre mais zelo e presença nos Elísios, sendo certamente o que tem o maior numero de Harpias, mas não é incomum que os Ventrue, Tremere e Malkaviam exerçam essa função, não raro também existem Brujas nessa função, que inclusive, segundo o Guia da Camarila, são alguns dos mais ácidos e preocupantes a exercer a função.

Possivelmente o fator feminino do processo seja resultado dos conceitos subconscientes de que mulheres tem maior afinidade com praticas sociais. Isso realmente procede no grosso da sociedade, mas não quando falamos de intelectuais, artistas e pessoas ligadas a áreas profissionais legais, administrativas ou de relacionamento interpessoal, como é comum aos membros dos clãs que citei. Alem disso, dificilmente um neófito chegaria a tal cargo, o que significa que as harpias tem mais de meio século pós abraço, o que muda muita coisa, tanto referente a possíveis sexismos (e todos os demais preconceitos possíveis), quanto a conceitos comportamentais. Como estive a debater com nossos parceiro aqui do BA, o pessoal do Book of Mirrors, a perca constante de humanidade, a besta, as paixões, frenesis e ademais situações que vão corroendo os conceitos e esteriótipos mortais.

Ao montar uma cena que envolva o elísio, é sempre muito importante se tomar o devido cuidado para não cair em esteriótipos, principalmente com os figurantes que podem vir a ter um papel importante na história. Porque não colocar eles na cena com uma história básica sobre quem são, sobre suas relações com os demais personagens da trama, com sua personalidade?

Quem sabe se os jogadores não se apaixonam ainda mais pela cronica se aquele momento crucial de falar com uma harpia para conseguir um favor, se desenvolva em uma conversa em um escritório aos moldes eduardinos com um senhor de meia idade que fala com um leve sotaque alemão e que mede cautelosamente cada palavra, em vez de ter de ir a um evento social conversar com uma socialite arrogante?


Um agradecimento especial ao pessoal de nosso parceiro: http://bookofmirrorsbr.blogspot.com/

Ai Sonado, ficou show! Você fez o recorte perfeito dentro da realidade do cenário e encontrou o ponto.

E concordo contigo. Não aguento mais esse estereótipo de harpias, tanto por parte dos personagens quanto de alguns narradores que insistem em bater na mesma tecla.

Aplausos

Muito interessante este ponto de vista, e também é a dica de encrementar a crônica não só em relação aos coadjuvantes da história, como ela toda.
Muito bem levantado este assunto Sonado \o .

Grato pela atenção de vocês ^^


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